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Archive for fevereiro \24\-03:00 2024

LUZ DEL FUEGO (DORA VIVACQUA)

PATRONA DO NATURISMO

21 DE FEVEREIRO – DIA DO NATURISMO

Dora Vivacqua nasceu em 21 de fevereiro de 1917, em Cachoeiro de Itapemirim. Faleceu, em circunstâncias trágicas, no dia 19 de julho de 1967, na Ilha do Sol, Município de São Gonçalo, Rio de Janeiro. Contava com 50 anos de idade.

Pertencia a uma abastada família de intelectuais e políticos que realizavam, em sua residência, reuniões literárias, contando com a presença de ícones literários do modernismo, isto quando a família se transferiu para Belo Horizonte (1920 – contando Dora com 3 anos de idade).

Formou-se em Ciências e Letras (1942), optando-se, porém, buscar a carreira artística, passando a adestrar serpentes que vieram a fazer parte de seus espetáculos. Adotou o pseudônimo de Luz de Fuego, estreando nos Teatros de Revistas do Rio de Janeiro, dançando nua e enrolada em dois ofídios. Foi a primeira atriz a surgir nua em um palco, atraindo, a cada espetáculo, mais espectadores.

A presença desse enorme público, atraiu o furor dos conservadores que a reprovavam, considerando-a “Ameaça aos bons costumes”. Combateram-na, mas, não abalaram suas convicções naturistas.

Dora passou a expor publicamente seus ideais naturistas, defender o direito das mulheres, os preconceitos sociais; seu publico crescia, tornando-se ela a vedete mais conhecida do Brasil.

Para defender politicamente seus ideais, fundou um partido político, pelo qual, sairia candidata a Deputada Federal. O partido, ante o combate ferrenho dos conservadores, teve seu pedido de registro negado.

Tornou-se produtora cinematográfica, filmando: No trampolim da vida; Não me digas Adeus; Folias Cariocas; Poesias de Estradas: Saúde e Nudismo: Cururu, o temor do Amazonas: Comendo de Colher; Tarzan e o Grande Rio, atuando, mas, sem grandes sucessos.

Pregando, cada vez mais, o naturismo, vegetarianismo e nudismo, dizia que nudista era a pessoa que acreditava que a indumentária não é necessária à moralidade e que o corpo humano não possui partes indecentes a esconder.

Em sua casa, na Avenida Niemeyer, deu início ao primeiro grupo naturista no Brasil, mas, ela e alguns frequentadores foram presos. Em reação escreveu e publicou “A verdade nua”, cuja edição foi toda recolhida pela Polícia. Reeditou a obra e conseguiu vender todos os volumes, via “Reembolso Postal”, conseguindo muito se lucrar, usando o dinheiro, arrendou uma Ilha, onde fundou o 1o. Núcleo naturista.

Para o desespero dos conservadores e da polícia, sua fama crescia enquanto o grupo aumentava em número de frequentadores. Foi capa da Revista “Life”.

Usando de seu prestígio, contando com o apoio de poderosos, conseguiu, da Marinha do Brasil, a cessão da Ilha Tapuama de Dentro, renomeando-a “Ilha do Sol”. O número de adeptos crescia. Mas, com as finanças abaladas pelos amantes que cativava, ainda dizia: “Eu sou a Luz que não se apaga”. Minava-se e se empobrecia cada vez mais.

Em 19 de julho de 1967, os irmãos pescadores (Alfredo Teixeira Dias e Mozart Dias), acreditando encontrar muitas riquezas e orgias, invadiram a Ilha matando-a bem como a seu caseiro Edgar. Seu corpo foi atirado ao Mar, mas foi recuperado.

Preso, Alfredo confessou o crime, foi processado, julgado e condenado, cumpriu a pena, enquanto seu irmão Mozart fazia uma fuga espetacular, porém, mais tarde, encontrado, preso, processado foi condenado a cumprir a pena no Manicômio do Rio de Janeiro.

A Federação Brasileira de Naturismo a fez sua Patrona, indicando o dia de seu nascimento (21 de fevereiro) como o “Dia do Naturista”.

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O SÍNODO DE 2023

(O Celibato sacerdotal – Sua “Quebra”)

No Vaticano, continuam os trabalhos das diversas comissões, visando a “modernização” da Igreja Católica Apostólica Romana, trazendo a mensagem salvífica para os tempos presentes.

O lema do Sínodo é “Para uma Igreja Sinodal; Comunhão, Participação e Missão”.

Um convite, lançado pelo Papa Francisco, à Igreja para se interrogar sobre a vida e missão. Um chamado a caminhar juntos (O amor de Deus desafia o caminha juntos como irmãos e irmãs – a essência da Sinodabilidade – “É o avançar para águas mais profundas, pela participação, em missão (Dom Valmor, Presidente da CNBB).

Discutem-se: Acolhimento às pessoas do LGBT+, divorciados, poligamia, padres casados, o lugar da mulher na Igreja, como sua (possível ordenação sacerdotal ou a Diaconia), o fim do celibato sacerdotal, violência sexual, e outros assuntos de menores impactos.

O assunto mais polarizante é, sem dúvida, “O fim do celibato sacerdotal”, graças à sua complexidade.

A priori, diga-se que o celibato sacerdotal não é dogma de fé. Ambos são sacramentos: A Ordem e o Matrimônio. O celibato imposto aos padres vem na forma disciplinar, apenas.

A Igreja, a princípio o tem nas palavas de Jesus: “Há eunucos de nascença; outros a quem os homens fizeram eunucos; e, há outros que a si mesmo se fizeram eunucos, por causa do Reino dos Céus.Quem é apto para admitir, admita.” (Mateus 19, 12-13)

Ainda, bem vivas na Igreja, as palavras de São Paulo (I Coríntios 7,32 e seguintes: “ O solteiro cuida das coisas do Senhor… Os casados cuidam das coisas do mundo e como agradar à mulher…”

Hoje, outros pensamentos invadem, não só o Clero, o único interessado na questão, mas tomou proporções gigantescas e discutidos por grande maioria dois católicos e protestantes, como até em rodas de cervejas nos botequins. Essa é a verdade!

Evidentemente, Cardeais e Bispos conservadores discutirão o fim do celibato sacerdotal, baseando-se na Palavras de Jesus e São Paulo, usando, inclusive as dificuldades e problemas que surgirão.

Esbarrarão, sem dúvida, o sustento da família. Os padres da Igreja Católica Apostólica Oriental, dá liberdade para que sejam casados, mas, impõe-lhes a obrigatoriedade do trabalho fora da Igreja, para que possam sustentar a família, não vivendo sua vida social, sem ônus para a Igreja.

No mundo Ocidental, os membros da Igreja Católica Apostólica Romana, são sustentados pela Igreja. Bispos residem nas casas (ou Palácios Diocesanos. Os padres nas casas Paroquiais, ou casas religiosas, sustentados pela Igreja (Dízimos, doações e ofertas), retirando, para si, para sua manutenção própria e da casa: Energia, Água, alimentação, funcionários ou auxiliares do lar. Tem direito, também, o equivalente a dois salários-mínimos a título de ajuda com despesas pessoais.

E vem a questão que será discutida: Aos padres que se interessarem em casamento, a Igreja vai impor que trabalhem para, sem ônus para a Igreja, sustentem suas famílias?

Outra dificuldade: O padre falece… A casa Paroquial há que ser desocupada para o sacerdote que vier a substituí-lo. Onde irã a família do padre morto, caso não tenha casa própria na mesma cidade ou ate em outra?

Não faltarão, nas discussões, as implicações de que muitos casamentos fracassam, indo, em consequência ao desenlace, via Divórcio. Um padre divorciado seria bom para a Igreja?

Mais grave: E se a mulher do padre prevaricar? Fatalmente um escândalo a abalar a Paróquia, ou até a própria Igreja.

Outra dificuldade ao fim do celibato social: E se os filhos do padre paroquial enveredarem pelo mau caminho: Vida desregrada, drogas, contravenções,? Se a filha do padre engravidar e abandonada pelo namorado, ser mãe solteira? Sim, claro que possível, e comentários, sobretudo dos inimigos da Igreja surgirão ácidos.

Seja como for, são situações que devem ser postas à luz dos fatos, e, certamente criará embaraços ao fim do celibato, considerando, ainda, que os conservadores, de Cardeais, Bispos e Padres, são a maioria.

O final do Sínodo virá, e o tempo dirá!

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