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Archive for 9 de março de 2024

DIA DA MULHER

(8 de Março)

(De guerreiras e de vítimas)

O Dia da Mulher é uma conquista histórica que as consagram e levam a receber, de todos, as homenagens de reconhecimento pelos próprios méritos.

Ela é, antes de tudo, a responsável pela continuidade da espécie, criando a prole no amor familiar, social, religioso, emocional e econômico, educando-a, não para si, mas para um mundo, na esperança de que seja, cada vez melhor.

Deste contingente da feminilidade surgem guerreiras, que, além de mãe, que se dedicam à sua família, procura, de outras formas, minorar situações de necessitados a amparos materiais, legais, econômicos, grupos sociais, sanidades e até religiosos. Sempre na luta em favor daquelas criaturas. E o fazem com perfeição e muito amor.

Menciono, como “Guerreiras”, além das religiosas ,que por amor a Deus, se lançam em serviços catequéticos, hospitalares e socais, auxiliando nas suas tarefas além convento.

Entretanto, quero falar de outras “Guerreiras” a quem desejo homenagear. Conheço centenas delas no convívio das APAEs (Não estou referindo-me às “Mães”, sim, às “AMIGAS” que compõem esse universo colaborador, as apaeanas. Sou apaeano há décadas, tendo sido Vice-Presidente de uma unidade, como Procurador Jurídico. Na Federação Estadual, igualmente Vice-Presidente, quando assumi o exercício, além de Procurador Jurídico. No exercício da Presidência, por razões estatutárias, participei como Conselheiro Administrativo da Federação Nacional, participante de encontros em Brasília, Curitiba, Campo Grande, Bento Gonçalves, Vitória da Conquista e João Pessoa. Participei de Congressos Nacionais (São Luiz do Maranhão). Fiz cursos em Fortaleza. Participei do Congresso Internacional em Santiago do Chile.

Nessas mais de três décadas, em todas as participações, conheci as mulheres que se dedicam à causa como amor e dedicação e intensidade. As vi, de “pires na mão”, percorrerem Ministérios, Gabinetes de Deputados, Órgãos Governamentais, Governadores, Secretarias, Prefeitos, pedindo e buscando verbas para suas Apaes. Quantas obras conseguiram através de tais verbas públicas: Escolas, Gabinetes dentários, Consultórios, alimentos.

Poderia, sim, mencionar dezenas, talvez centenas, mas sempre deixaria de mencionar todas, razão porque prefiro omiti-las para não causar injustiças. Quantas vezes senti-me emocionado de ver as alegrias dessas damas, quando conseguiram verbas; trabalham sem abandonar a família, lutam por uma causa nobre.

A elas a honra e o respeito!

Tristemente, entretanto, vou falar das “mulheres vítimas”, sofredoras da violência pura e simples pelo fato de serem mulheres, na maioria fracas e desprotegidas. Vítimas da sanha selvagem de maridos, namorados, ficantes. Apanham, são feridas, mutiladas, mortas!

A “Lei Maria da Penha” ajuda, mas não resolve. É insuficiente! Muitos depois da prisão, as procuraram, violando os termos impostos, matando-as.

Um absurdo, nas circunstâncias da vida, perderem a vida em razão do fim de um relacionamento que ela não mais deseja. Dizem os assassinos, os agressores, os covardes: “Se não quer ser minha, não será de mais ninguém!” – Meu Deus!

Disseram-me:

Há mulheres que gostam de apanhar!

Infelizmente, uma verdade cruel. A personagem “Santinha Pureza” – Escolinha do Professor Raymundo, Rede Globo, é uma paródia dessas infelizes. Contava ela o quanto o marido a batia, machucava. O Professor queria denunciá-lo, ela dizia:

Eu gosto!

Fato triste aconteceu na minha profissão: Uma jovem procurou-me, estava toda ferida, para postular pedido de Divórcio, recusando-se, contudo a tomar as medias policiais e criminais, o que deixou-me perplexo. Vinte e quatro horas depois do ajuizamento da medida, procurou-me para promover a “Desistência”… Indaguei-lhe, sim:

Você gosta de apanhar?

Ele me ama tanto! Eu gosto!

Por fim, No “Dia da Mulher”, minha homenagem póstuma a Suely (Aos 17 anos de idade, foi minha secretária; era linda, formosa, educada e elegante). Cheio de ciúme, enquanto ela dormia, o marido encostou, no seu ouvido, um 38. Tiro fatal! Que Deus a tenha, menina!

A todas as mulheres, as homenagens que merecem hoje e sempre:

Feliz Dia da Mulher!

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